Nenhuma Parte da Escritura é Inferior
Extraído de Vincent Cheung, Commentary on Malachi (2003).
Embora a Escritura faça distinção entre a Antiga Aliança e a Nova Aliança, ela não agrupa seus documentos no que chamamos de Antigo Testamento e Novo Testamento. A Bíblia é um livro — não dois — que nos revela informações sobre a Antiga Aliança e a Nova Aliança, que são duas administrações de apenas uma dispensação da graça, ao contrário do ensino do dispensacionalismo moderno.
Além disso, embora a Escritura reconheça que a Nova Aliança substitui a Antiga Aliança como uma administração superior da graça, ela nunca diz que o que chamamos de documentos do Novo Testamento são superiores ou substituiriam o que chamamos de documentos do Antigo Testamento. Nem a Escritura diz que a Nova Aliança substitui os requisitos morais que estão listados nos documentos do Antigo Testamento, mas que não estão exclusivamente ligados à Antiga Aliança, ao contrário das leis cerimoniais que foram cumpridas em Cristo.
Portanto, os cristãos não podem ignorar qualquer parte da Escritura e não têm garantia de declarar qualquer parte da Escritura como inferior ou menos relevante. Como Paulo escreve: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça” (2 Timóteo 3:16).
Vincent Cheung. Prefácio à edição de 2003 do Commentary on Malachi (2003), p. 4. Tradução: Luan Tavares.